quarta-feira, 14 de abril de 2021

Posto da PRF em Itaguaí, dá dicas para consumidor não comprar carro clonado


Abordagens de veículos com identificação adulturada são comuns no posto da Polícia Rodoviária Federal na Rio-Santos

ITAGUAÍ - Dois casos em um intervalo de poucos dias, e alguns casos no mês. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Itaguaí já notou que a situação tem se repetido: venda de veículos com adulteração na identificação têm sido um grande problema para consumidores desavisados. A fim de evitar essa terrível dor de cabeça, a PRF orienta o melhor procedimento para que a pessoa que compre um veículo não tenha a desagradável surpresa de descobriu que contribuiu para uma ilegalidade.

No dia 8 de abril, agentes da PRF pararam no posto da Rio-Santos, no quilômetro 399, um Ford Focus branco. A placa no veículo era uma, no sistema de consulta de informações, era outra. O motorista disse aos policiais que comprou o veículo dando em troca seu Sentra e mais R$ 17 mil. Ele foi enganado: comprou um carro possivelmente roubado sem saber.

A mesma coisa aconteceu com o Hyndai Creta, cor preta, apreendido no último dia 12. O motorista mostrou documentos, mas os sinais indicadores apontaram que aquele carro não era condizente com a placa que ostentava. Resultado: havia um registro de roubo na 26ª DP, feito em fevereiro deste ano. O motorista contou aos policiais que pagou R$ 80 mil no carro.

Hyndai Creta, cor preta, adulterado e comprado por 80 mil: prejuízo pode ser grande para o consumidor 
Foto de Divulgação - PRF Itaguaí

COMPRAR COM SEGURANÇA
O chefe da Delegacia da PRF no Rio de Janeiro, Rodrigo Dias Moreira, disse que esse tipo de ocorrência aumentou bastante nos últimos tempos, e que o consumidor precisa ter cuidado ao adquirir um veículo: “É importante que a pessoa, ao pensar em adquirir um carro, o faça com segurança. É preciso desconfiar de valores que não condizem com o mercado, e avaliar bem de que maneira a transação é feita”.

Moreira explicou que todas as ocorrências na PRF de Itaguaí com problema de adulteração tiveram como ponto coincidente o fato de que os compradores dos veículos usaram sites de compra e venda para realizar as transações. Não se pode afirmar, contudo, que todas as operações desses sites são inseguras, mas que os casos constatados na PRF tiveram isso em comum.

O chefe da PRF disse também que não houve registro de carros clonados em compra realizada em agências autorizadas das montadoras de automóveis. “Além de prestar atenção no ambiente da transação, o comprador também pode, caso queira desembolsar uma quantia, contratar uma empresa especializada em identificação veicular para poder realizar a compra com segurança”, sugeriu ele.

INQUÉRITO E ADVOGADO
Quem comprou um carro com identificação adulterada, além de ver o dinheiro que investiu se esvair, vai ter que provar que não agiu de má fé, porque a lei prevê crime de receptação, que pode ser culposa ou dolosa. Abre-se um inquérito, e, mediante as provas e a defesa do comprador, a investigação pode apontar ou não participação no crime. Uma dor de cabeça e tanto, porque vai ter que contratar um advogado (gastar mais dinheiro) e, obviamente, ficar sem o carro (apreendido pela polícia).

Portanto, na hora de adquirir um veículo, é bom ser conservador e fazer como antigamente: ver o veículo ao vivo, consultar sua procedência, desconfiar caso o valor seja abaixo do usual e, como sempre, usar o bom senso.

Via: O Dia

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