ITAGUAÍ - A Diretoria Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha do Brasil enviou nota à imprensa na manhã desta quarta-feira (07 de abril) a respeito da matéria publicada em O DIA sobre as demissões na Itaguaí Construções Navais (ICN) na tarde anterior. De forma geral, a nota afirma que as demissões são decisões gerenciais da ICN, sem qualquer envolvimento da Marinha; que o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) é rentável para o Naval Group, controlador operacional da ICN; e que os pagamentos estão em dia, conforme estabelecido em contrato.
A ICN – empresa que atua no bairro Brisamar, na entrada para a Ilha da Madeira, em Itaguaí - é contratada pela Marinha para construir cinco submarinos, quatro deles convencionais e um com propulsão nuclear. Na terça-feira (6), a ICN divulgou uma nota no seu Facebook – repercutida por O DIA - em que relatou desligamento de funcionários mediante cenário de crise. Na nota, a ICN citou os serviços que vem prestando à Marinha e afirmou: “a persistência do cenário pandêmico vem afetando brutalmente o avanço econômico do país, retardando o início destes projetos”.
A reportagem apurou com a empresa quantos funcionários haviam sido desligados e a resposta foi “cerca de 70”.
MARINHA SE PRONUNCIA
Na nota enviada à imprensa, a Marinha do Brasil reitera que, em relação à ICN, “os pagamentos [foram] honrados rigorosamente em dia, em estrita conformidade com a execução dos marcos contratuais” e que as demissões na empresa “são decisões gerenciais da Direção da ICN, em relação às quais a Marinha do Brasil não exerce quaisquer ingerências”.
A Marinha afirma também que, mesmo em cenário de pandemia, o Prosub é rentável para o Naval Group, mantenedor da ICN; mas reconhece que a empresa precisa de “uma reestruturação (...) que propicie a competitividade requerida à captação de outros empreendimentos no segmento da construção naval”.
Segue a nota: “Também cabe mencionar que a Gestão do Conhecimento aplicada ao Programa de Submarinos vem priorizando ações de modo a assegurar a manutenção das competências adquiridas pela ICN, no sentido de que possam ser executadas com proficiência as atividades necessárias à construção desses meios. Para a consecução de processo industrial de tal magnitude, a empresa emprega colaboradores altamente treinados e qualificados e gera cerca de 8 mil empregos indiretos, implicando em benefícios socioeconômicos para a região de Itaguaí”.
A Marinha reitera que mantém uma gerência específica para garantir a qualidade na construção dos submarinos e que monitora as etapas da construção para assegurar o cumprimento das exigências técnicas previstas.
E finaliza a nota: “A expectativa é a de que as demissões anunciadas não acarretem impactos no cronograma corrente do Prosub”.
Via: O Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário