Aplim busca esclarecimentos sobre afirmativas de contaminação de peixes na região; presidente diz que associações pensam em processar empresas
ITAGUAÍ - Amauri Quirino, presidente da Associação de Pescadores e Lavradores de Itaguaí (Aplim) – uma das mais importantes e influentes organizações de pescadores artesanais da região – disse nesta quinta-feira (22) a O DIA que enviou ofício com solicitação de reunião com a secretária municipal de Meio Ambiente e Planejamento (SMMAP), Shayene Barreto. Segundo Quirino, Shayene não fez um encontro com a Aplim desde que tomou posse, e os mais recentes acontecimentos na política de meio ambiente de Itaguaí tornam a reunião ainda mais importante.
“Gostaríamos de perguntar à secretária quais são as evidências concretas de que os peixes estão contaminados em Itaguaí, pois isto gera impacto no nosso trabalho”, disse Amauri.
O presidente da Aplim se refere à interdição dos terminais da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 16 de abril; e a advertência e multa aplicadas ao Porto Sudeste, em 20 de abril, ambas as ações realizadas pela secretaria municipal de Meio Ambiente. No caso da CSN, a empresa reagiu com negativas enfáticas e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) solicitou a desinterdição, no que foi prontamente atendido (horas depois). No caso do Porto Sudeste, a empresa também reagiu ao que considerou uma atitude “arbitrária” e “ilegal”.
Em ambas as ações, a prefeitura declarou à imprensa que as empresas contaminaram a água da Baía de Sepetiba, e, consequentemente, o complexo pesqueiro.
A Aplim deseja que na reunião fique esclarecido qual estudo foi empreendido capaz de afirmar que os peixes em Itaguaí possam estar contaminados, fato que traria imenso impacto aos trabalhadores da pesca artesanal e à cadeia de produção que envolve o pescado, como restaurantes, consumidores diretos e turistas.
Amauri Quiroga disse ainda que, por conta da repercussão das ações da secretaria municipal de Meio Ambiente e Planejamento, há outras associações de pescadores já em mobilização para processar as empresas que a prefeitura aponta como poluidoras.
Via: O Dia
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