Centros de acolhimento estavam fechados há quatro meses e seguem protocolo de prevenção ao coronavírus
ITAGUAÍ – Na semana passada, a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Itaguaí iniciou a reabertura de suas unidades de acolhimento. Os sete Centros de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), o Família acolhedora e o Centro Pop Já voltaram a funcionar seguindo todos os protocolos de prevenção ao coronavírus. Segundo a prefeitura, os locais estavam fechados há cerca de quatro meses por falta de equipamento de proteção individual (EPI) para os funcionários.
Graças aos EPIs doados pela Secretaria de Saúde, o atendimento pôde ser retomado. Ainda de acordo com o governo de Rubem Vieira (que assumiu o Executivo municipal por causa da cassação do agora ex-prefeito e vice, Charlinho e Abelardinho), a gestão anterior não abriu licitação para a compra dos equipamentos. No entanto, Micheli Sobral dos Santos, secretária de Assistência Social, garante que em breve sua pasta já terá seu próprio EPI para realizar os atendimentos pelo menos duas vezes na semana. Por enquanto, conta ela, o número de funcionários é reduzido.
“Não podemos expor nossos servidores. Já estamos sofrendo bastante. Temos aproximadamente 280 funcionários, mas 92 que são do grupo de risco estão afastados. Os atendimentos nos Cras e Creas serão individuais, atendimento coletivo não está liberado”, destacou a secretária. Ela ainda afirmou que as unidades de acolhimento passam por higienização diariamente.
FALTAM ALIMENTOS
Os únicos centros que não tiveram as portas cerradas foram os dois abrigos para idosos e os outros dois que acolhem crianças e adolescentes. Ainda assim, a nova gestão encontrou problemas sérios, como a falta de alimentos: “Entramos no dia 10 de julho e o prazo para dar andamento à licitação para compra de alimentos terminava no dia 11. Várias coisas já estavam em falta. Proteína, por exemplo, já tinha acabado”, afirma a secretária Micheli.
A gestora da pasta da Assistência afirma que o Ministério Público (MP) está acompanhando a situação. Assim que assumiu, a equipe da nova gestão visitou os abrigos, acompanhada dos promotores da infância e da adolescência e de justiça de proteção ao idoso. A intenção é fazer as devidas prestações de contas e deixar o MP ciente das condições em que os abrigos foram deixados pelo governo anterior.
Via: O Dia
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