O III Fórum sobre Violência reuniu funcionários das Secretarias Municipais de Saúde; Educação e Cultura; e Assistência Social na quinta-feira (05/09), no Teatro Municipal de Itaguaí. Com o tema “Ações de enfrentamento à violência sexual em crianças e adolescentes”, o evento teve como objetivo a divulgação do projeto Acalantar e a sensibilização e capacitação dos presentes através de atividades com profissionais da área.
A mesa de abertura contou com a participação da subsecretária de Educação, Cristiane Fiorotti; da coordenadora de Áreas Programáticas da Secretaria Municipal de Saúde, Márcia Sales; da representante da Secretaria Municipal de Assistência Social, Eliane Lima de Oliveira; e da Presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), Nelúcia Coelho.
Duas palestrantes foram convidadas para falar sobre temas que estão presentes na vida de crianças e adolescentes. A professora Ana Claudia Peixoto, da Unidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), abordou o tema “Prevenindo a violência infantil: Programa ACT – Adults and Children Together”, no qual falou sobre características familiares e a forma de educar as crianças em ambientes seguros. A outra palestra foi da Drª Elisa Bichels, da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil do Rio de Janeiro, que falou sobre suicídio e automutilação em adolescentes.
Ao final, a doutora Renata Sixel e a assistente social Maria Angélica apresentaram um panorama dos três meses de atuação do projeto Acalantar. Itaguaí foi o primeiro município a implantar o projeto após se ser sancionada a Lei federal 13.431 de 4 de abril de 2017. Criado em 2018, após o prefeito Carlo Busatto Júnior, o Charlinho, assinar o decreto 4.322, Acalantar é uma escuta protegida, especializada para o atendimento de criança e adolescente vítima de abuso sexual, que visa dar celeridade ao processo e combater a impunidade nesses casos.
Na parte da tarde, foi realizada uma atividade com alunos do CIEP 498 Irmã Dulce, de Chaperó.
Fórum traz avanços no combate à violência
Realizado pelo terceiro ano seguido, o Fórum contra a Violência tem trazidos importantes resultados para cidade. Segundo Maria Angélica Sanchez, que faz parte da equipe de atuação do projeto, Itaguaí era um município que praticamente não notificava a violência. A média dos últimos cinco anos era de nove notificações ao ano. Após o assunto ser abordado no primeiro fórum, os números saltaram de 9 para 37 notificações em 2018.
- É ruim quando temos a notificação de violência, mas é importante que a violência seja notificada. Antes as pessoas não notificavam por medo de represálias, achando que isso fosse uma denúncia. Na verdade, a notificação é um dado epidemiológico que é enviado para o Ministério da Saúde, que faz um retrato de onde a violência saiu. A partir daí conseguimos saber qual bairro tem mais violência, a idade das crianças que sofrem agressões, o tipo de violência praticada. Sabendo disso, podemos atuar de forma preventiva nesses lugares - explicou Maria Angélica.